Perdi-te para sempre
nas ruas incertas da vida,
das encostas luminosas
e frias da cidade.
Perdi-te para sempre
na esquina da noite estival
onde pairam estrelas brilhantes.
Perdi-te para sempre
no choro da lua derramado
nas paredes sonolentas.
Perdi-te para sempre
no coração da saudade
iluminado pelas lágrimas secas
da dor profunda gravada
na imensidão da alma amorosa.
Perdi-te para sempre
na encruzilhada
do corpo desmembrado
e esvaziado do sentido da vida.
Perdi-te para sempre
à beira da garganta do abismo
onde a loucura ferve
e as noites se confundem com os dias.
Perdi-te para sempre
nas avenidas do amor sereno
de sombras frescas e dançantes.
Perdi-te para sempre
nas memórias gravadas no ser imortal
e guardadas no templo misterioso,
profundo e sagrado do amor inexplicável.
Perdi-te para sempre e achei-te
na compreensão incompreensível
que só o amor pode compreender.
Sim, o amor venceu…